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Estadistas "empurram" implementação do Acordo de Comércio Livre em África


Tema foi debatido em Maputo
Tema foi debatido em Maputo

Num painel de alto nível, composto pelos chefes de Estado de Moçambique, Filipe Nyusi, da Zâmbia, Edgar Lungo, da Namíbia, Hage Geingob, do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, e o rei do eSwatini, Mswati III, entre outros representantes de governos africanos, a cimeira EUA-África abriu nesta quinta-feira, 20, os debates sobre a Zona de Comércio Livre no continente.

Estadistas "empurram" implementação do Acordo de Comércio Livre em África
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O acordo foi assinado em Março de 2018, mas, até ao momento, apenas foi ratificado por 22 países, o que atrasa a sua plena implementação.

Os estadistas foram unânimes sobre a importância da implementação deste acordo, de forma a alavancar o desenvolvimento do continente.

"A implementação deste acordo vai permitir-nos entrar num mercado mais amplo e isso vai permitir que os governos possam combater fortemente o problema de desemprego, da pobreza, etc.", disse o vice-Presidente da Guiné-Equatorial, Teodoro Obiang Mang, enumerando alguns ganhos que a iniciativa vai trazer.

Com uma população estimada em pouco mais de 1,2 mil milhões de habitantes, a África representa um dos maiores mercados mundiais.

As potencialidades e oportunidades são por todos conhecidas, mas o acordo que irá permitir que os próprios africanos tirem proveitos e benefícios mútuos ainda continua no campo das ideias.

"A união é muito importante. se a África poder falar numa única voz, isso vai trazer um impacto", destacou o Presidente da Namíbia, Hage Geingob, no que foi corroborado pelos demais estadistas.

Por seu turno, o chefe de Estado do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, considera que "se estivermos unidos, podemos nos ajudar a desenvolver e modernizar as nossas economias. Acredito que a zona de comércio livre é um passo em frente que é necessário para África. neste caminho, podemos nos relacionar com outros parceiros com mais força e dignidade".

Contudo, há ainda alguns obstáculos que precisam ser ultrapassados para que o acordo tenha a sua eficácia, lembrou o Presidente da Zâmbia, Edgar Lungo.

"O acordo de comércio livre terá sucesso, apenas, se nós, como países africanos, desenvolvermos capacidades produtivas e criarmos mercado para o comércio. Isso será crucial para a criação de postos de emprego e redução da pobreza no nosso continente", concluiu Lungo.

A cimeira Estados Unidos-África "Promover uma parceria resiliente e sustentável", decorre até amanhã, 21, em Maputo, e discute estratégias, visões e iniciativas para a promoção de empresas e investimentos americanos em África.

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