Na Guiné-Bissau, uma reunião de alto nível entre parlamentares, membros do Governo e responsáveis das Nações Unidas sobre drogas e crime organizado terminou ontem, 27, com fortes recomendações no sentido de fortalecimento do Estado.
Um compromisso político assinado pelo Governo, Assembleia Nacional Popular e organizações Internacionais vocacionadas deve ser implementado no país como sendo um plano de combate ao tráfico de drogas e crime organizado. Para a ministra guineense da Justiça Carmelita Pires tal engajamento depende muito de um esforço solidário entre as instituições nacionais e estrangeiras.
Quase que reconhecendo esta necessidade, a de coordenação entre os actores envolvidos no combate à droga e e ao crime rganizado, Marco Carminani, representante-adjunto do secretário-geral das Nações Unidas em Bissau afirma que tais fenómenos representam um problema transversal.
Entretanto, o impacto do tráfico de droga e crime organizado para um país como a Guiné-Bissau constitui um problema diplomático muito sério, disse o estudioso Fernando Delfim da Silva, por duas vezes ministro dos Negócios Estrangeiros.
Enquanto isso, Piere Lapaque, representante regional da UNODC para África Ocidental, reafirma que combater o narcotráfico e o crime organizado na Guiné-Bissau, passa necessariamente por uma firme determinação de todos os atores nacionais e internacionais.
Delfim da Silva considerou ainda não encontrar uma saída imediata para a Guiné-Bissau porquanto as instituições do Estado perderam o controlo da soberania, em detrimento dos narcotraficantes.