O Governo angolano vai cobrar taxas no acesso às principais atracções turísticas do país.
A medida, que já foi aprovada pelo Conselho de Ministros, será regulamentada em conjunto com o Ministério da Administração do Território, os governos provinciais e as administrações locais em data ainda não revelada.
Entretanto, especialistas defendem um maior investimento nas infraestruturas antes da medida entrar em vigor.
O economista João Maria Funzi Chimpolo entende que, apesar da crise que empobrece muitas famílias angolanas, o país tem de começar de qualquer forma a diversificar as receitas do Estado.
Chimpolo lembra, no entanto, que a cobrança das taxas é uma das condições exigidas pelas instituições financiadoras internacionais.
O economista Carlos Rosado de Carvalho disse tratar-se de uma “medida avulsa” que pode não trazer os benefícios que o Estado espera dela.
Rosado de Carvalho considera que cobrança das taxas neste sector vai retrair os potenciais turistas internos confrontados com a actual crise económica.
A medida, que já foi aprovada pelo Conselho de Ministros, será regulamentada em conjunto com o Ministério da Administração do Território, os governos provinciais e as administrações locais em data não precisada pelo ministro da Hotelaria e Turismo.
Paulino Baptista anunciou que o sector do turismo emprega cerca de 192 mil trabalhadores e já representa mais de 530 mil visitas anuais.
A meta do Executivo passa por atingir um milhão de trabalhadores e 4,7 milhões de turistas (valor acumulado) até 2020.
Entretanto, o ministro revelou que o número de turistas estrangeiros diminuiu significativamente em relação ao ano de 2015 pelo que a aposta deve ser no turismo interno.
Na ocasião, Baptista na anunciou a construção de dez ecoparques até 2017 nos parques nacionais existentes no país.