Economistas alertam para a possibilidade de Moçambique entrar num novo ciclo que poderá terminar com uma outra crise de maior dimensão que a actual, se não forem feitas reformas políticas e económicas profundas.
Alguns economistas consideram que a actual crise é resultado de um conjunto de factores, internos e externos, que se vinham agravando nos últimos anos no país e que foram negligenciados pelas autoridades.
Estes e outros aspectos foram analisados esta sexta-feira, 7, em Maputo, num debate organizado pela sociedade civil, sugerindo-se que as instituições com responsabilidade de governação política e económica sejam mais abertas e mais dialogantes, para seevitar uma nova crise.
O economista João Mosca, crítico do Governo, diz que vários estudos apontam para uma outra crise económica.
Medidas
"Se medidas fundamentais não são tomadas, vamos entrar num novo ciclo, que terminar, com certeza, com nova crise", alerta Mosca.
Para aquele economista, as consequências desta crise "são gravíssimas, de médio e longo prazos, e é preciso estudá-las para que tenhamos a absoluta consciência de quão grave é a situação existente".
Reformas profundas foram defendidas também pelo Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, sobretudo ao nível das empresas públicas, tidas por alguns analistas como um fardo bastante pesado para o Estado.