“Entregamo-nos ao deleite da leitura e das sucedâneas leituras das múltiplas imbricações dos “Escritos no Silêncio”, adentrando-nos deste modo na sua matriz autobiográfica, para então darmos conta de que, afinal, é o próprio autor que sugere um Beto Vaz e um Carlos Vaz...
Na verdade, à medida em que nesta obra as nossas leituras de leituras se iam-se adensando, mais nos convencíamos de que o autor é um poço de cultura.”
Trecho do prefácio escrito pelo historiador Leopoldo Amado do livro “Escritos no Silêncio”, do guineense Carlos Vaz, apresentado recentemente em Lisboa.
Natural de Bissau, onde nasceu a 1954 e viveu até ir para a universidade em Lisboa, Carlos Vaz formou-se em Teatro, Ramo de Actores, em Portugal, fez uma pós-graduação em Civilizações e Culturas Africanas e estudou jornalismo.
Foi jornalista e realizador da Televisão de Cabo Verde, realizador da televisão da Guiné-Bissau, director de teatro e exerceu funções directivas como a de presidente do INCA (Guiné-Bissau) e conselheiro para Informação e Comunicação do Gabinete do Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira.
Carlos Vaz iniciou em Novembro de 1978, a sua actividade literária, com a obra “Para um Conhecimento do Teatro Africano”, que teve como anexo, a sua primeira peça teatral, Fome de 47.
É autor de várias peças de teatro, mas só agora se conhecem os seus poemas numa colectânea.
Em entrevista à VOA para a rubrica Artes & Entretenimento, Carlos Vaz fala do seu relacionamento com a poesia, a sua trajectória e influências.
Acompanhe a entrevista: