A sentença do negociador da empresa Privinvest, Jean Boustani, no centro do escândalo das dívidas ocultas de Moçambique, será conhecida a 2 de Dezembro.
O anúncio foi feito ontem, em Nova Iorque, pelo Juiz William Kuntz, no final do julgamento do caso que envolve o desvio de mais de 200 milhões de dólares para contas de funcionários do banco Credit Suisse, membros do governo, empresários e cidadãos moçambicanos.
O valor fazia parte de um empréstimo do Credit Suisse para projectos alegadamente de protecção costeira e pesca de atum em Moçambique.
Os Estados Unidos julgam o caso por considerar que Jean Boustani conspirou, nomeadamente para defraudar investidores; cometer fraude usando meios electrónicos; e para a lavagem de dinheiro.
O Centro de Integridade Pública escreve que os procuradores que representam o governo americano pediram a condenação de Jean Boustani, argumentando, entre outros, que roubou dinheiro aos pobres moçambicanos para dar aos seus amigos ricos.
A defesa de Boustani argumenta que o cliente deve ser absolvido.
A pena será decidida por um júri de 12 membros, que vai retomar o trabalho a 2 de Dezembro.