O júri que deve decidir a sentença do negociador da empresa Privinvest, Jean Boustani, no centro do escândalo das dívidas ocultas de Moçambique, reúne hoje, 2 de Dezembro, no Tribunal de Brooklyn, Nova Iorque.
O libanês é julgado pelo envolvimento na operação que resultou no desvio de, pelo menos, 200 milhões de dólares para contas de funcionários do banco Credit Suisse, membros do governo, empresários e cidadãos ligados à elite moçambicana.
O valor foi desviado de um empréstimo do Credit Suisse para projectos alegadamente de protecção costeira e pesca de atum em Moçambique.
Os Estados Unidos julgam o caso por considerar que Jean Boustani conspirou, nomeadamente para defraudar investidores; cometer fraude usando meios electrónicos; e para a lavagem de dinheiro.
Os procuradores que representam o governo americano pediram a condenação de Jean Boustani, sob argumento de que roubou dinheiro aos pobres moçambicanos para dar aos seus amigos ricos.
Para aequipa de defesa de Boustani, o jovem negociador não cometeu nenhuma infracção e deve ser absolvido.