Após alguma acalmia durante o dia de ontem, 26, a erupção do Vulcão do Pico, no Fogo, aumentou de intensidade nesta quinta-feira e voltou a provocar o pânico junto da população, enquanto as autoridades monitoram a actividade do vulcão e preparam respostas.
O investigador e Curador da cidade de São Filipe Fausto do Rosário confirmou à VOA, após ter estado na Chã das Caldeiras nesta quinta-feira o aumento da intensidade das lavas e explosões que fizeram lembrar o início da erupção no passado domingo.
Rosário também confirma o cheiro de enxofre e uma camada de fumo na cidade de São Filipe, que dista a muitos quilómetros do vulcão.
Devido ao aumento da intensidade das lavas, Fausto do Rosário, confirma a destruição de casas e propriedades agrícolas, mas diz que outras infra-estruturas como a escola, a pensão e adega de vinhos ainda estão a salvo.
O vulcanólogo cabo-verdiano Bruno Faria, do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, disse à VOA não poder fazer nenhuma previsão sobre os próximos dias, mas acredita que a, manter-se o ritmo actual, outras localidades não correm perigo.
O vulcão do Pico, na ilha do Fogo, entrou em erupção no passado domingo, 23, depois de 19 anos de repouso e já obrigou à evacuação de cerca de 1200 pessoas e provocou danos considerados incalculáveis pelas autoridades.
O primeiro-ministro José Maria Neves chegou à ilha do Fogo ontem para coordenar os trabalhos de socorro às pessoas afectadas e preparar um plano de contingência para as famílias.
O Presidente da República Jorge Carlos Fonseca, por seu lado, suspendeu a sua participação na cimeira da Francofonia que se realiza este fim-de-semana em Dakar, mas garantiu que irá enviar uma mensagem às cerca de três dezenas de Chefes de Estado presentes a ajudar para o país.