Donald Trump foi empossado nesta segunda-feira, 20, em Washington, 47º. Presidente dos Estados Unidos e no seu discurso saudou o que chamou de início de uma "era dourada".
"A era dourada da América começa agora. A partir deste dia, o nosso país florescerá e será novamente respeitado em todo o mundo", afirmou na Rotunda do Capitólio, numa intervenção de cerca de cerca de 30 minutos em que apresentou os traços da sua política, a começar pela deportação de "milhões e milhões" de migrantes indocumentados.
"Em primeiro lugar, declararei emergência nacional na nossa fronteira sul. Todas as entradas ilegais serão imediatamente suspensas e iniciaremos o processo de regresso de milhões e milhões de estrangeiros criminosos aos locais de onde vieram", afirmou.
Ao se referir à tentativa de assassinato de que foi alvo na Pensilvânia durante a campanha eleitoral o Presidente considerou ter sido "salvo por Deus para tornar a América grande outra vez".
"Fui salvo por Deus por uma razão", sublinhou.
Donald Trump anunciou que a sua Administração irá declarar uma "emergência energética nacional" que permitirá aumentar significativamente a exloração de petróleo e gás por considerar que “a crise inflacionária foi causada por gastos excessivos e preços crescentes da energia".
"Esta semana, também porei fim à política governamental de tentar incorporar socialmente a raça e o género em todos os aspetos da vida pública e privada. Vamos forjar a sociedade que não enxergará duas cores e será baseada no mérito. Será política oficial dos EUA que existam apenas dois géneros, masculino e feminino", afirmou o Presidente, acrescentando que também acabará “com a política governamental de tentar aplicar a engenharia social à raça e ao género em todos os aspetos da vida pública e privada”.
As novas medidas, segundo Trump, começam a "revolução do senso comum", em que prometeu “restaurar a liberdade de imprensa nos Estados Unidos" e reintegrar funcionários públicos dispensados por não apresentarem comprovantes de vacinas de Covid.
"Nunca mais o imenso poder do Estado será usado como arma para perseguir opositores políticos, restauraremos a justiça justa, igualitária e imparcial sob o estado constitucional de direito", acrescentou.
No seu discurso, Donald Trump afirmou-se como um "unificador e um pacificador" e mencionou o acordo de cessar-fogo assinado na semana passada entre Israel e Hamas.
Como tinha prometido, o Presidente disse que os Estados Unidos "vão retomar" o Canal do Panamá, porque, segundo afirmou, “a China está a operar o Canal do Panamá, e não o demos à China, demos-no ao Panamá”.
Ele também disse que o Golfo do México passará a chamar-se “Golfo da América” e que vai declarar cartéis mexicanos como “organizações terroristas”.
Durante o discurso, em que criticou fortemente o cessante Presidente Joe Biden, Trump disse que “os Estados Unidos mais uma vez se considerarão uma nação em crescimento, que aumenta a nossa riqueza, expande o nosso território e carrega a nossa bandeira para novos e belos horizontes” e prometeu que “queremos enviar astronautas americanos para plantar as estrelas e listras (da bandeira americana) no planeta Marte".
"Nada vai entrar no nosso caminho porque nós somos americanos", concluiu Donald Trump, sendo aplaudido de pé.
A posse do Donald Trump aconteceu na Rotunda do Capitólio devido às baixas temperaturas registadas hoje em Washington.
O tradicional desfile inaugural ao longo da Avenida Pensilvânia, desde o Capitólio até à Casa Branca, foi candelado, mas há bailes luxuosos de gala planeados para a noite de hoje.
Donald Trump assinará também vários decretos presidenciais.
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