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Enviado sul-africano pede que moçambicanos resolvam os problemas de forma pacífica e Chapo promete união


Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, Pretória, África do Sul, 11 Março 2022
Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, Pretória, África do Sul, 11 Março 2022

O enviado especial do Presidente sul-africano entregou ao Chefe de Estado moçambicano nesta sexta-feira, 27, em Maputo uma mensagem de Cyril Ramaphosa em que reitera a sua vontade de que o povo moçambicano resolva os seus problemas de forma pacífica.

Entretanto, na sua primeira reação após ter sido considerado vencedor das eleições presidenciais pelo Conselho Constitucional, no dia 23, Daniel Chapo apelou à não violência e prometeu trabalhar junto com os moçambicanos na busca de soluções para o país.

Após o encontro com Filipe Nyusi, enviado do Presidente sul-africano disse esperar que "os problemas que sejam resolvidos de forma pacífica tal como entendem os moçambicanos", resumindo assim o teor da mensagem entregue.

Sydney Mufamadi acrescentou que "como diz o Presidente Ramaphosa, não temos qualquer opção senão tornar este fardo muito pesado um pouco mais leve partilhando-o com Moçambique".

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Sem dar mais detalhes, aquele emissário disse que na conversa com Filipe Nyusi ambos procuraram compreender a natureza da situação e que papel “a África do Sul pode desempenhar para que se resolva a crise de Moçambique de forma pacífica”.

Por seu lado, numa nota na sua página no Facebook, Filipe Nyusi agradeceu o "gesto solidário" da África do Sul que reflete o compromisso mútuo com a "paz e o desenvolvimento regional" e reconheceu que a conversa focou-se “na grave situação de violência em Moçambique, destacando o impacto mútuo sobre as economias interligadas dos nossos dois países".

Chapo lamenta e promete

Entretanto, também hoje o Presidente eleito, Daniel Chapo, apelou à “não-violência” e à “unidade”, além de “lamentar” a violência, e prometeu que após a sua tomada de posse em meados de janeiro será “o Presidente de todos”.

“Vamos, a breve trecho, trabalhar juntos em soluções para os problemas gerados por esta triste situação”, disse Chapo num comunicado enviado à imprensa, no qual aborda a situação de violência.

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“Estes atos apenas contribuem para o declínio do país e para o aumento do número de moçambicanos que caminham para o desemprego e para a pobreza”, afirmou Chapo que agradeceu aos cidadãos que “ajudaram a remover barricadas improvisadas para tentar fazer com que a vida voltasse ao normal e elogiou as forças de segurança por “mitigarem os efeitos nocivos da polarização política”.

Daniel Chapo prometeu inverter a economia do país e fazer “tudo para renovar” Moçambique.

“Endereço os meus mais sentidos pêsames a todos aqueles que perderam os seus entes queridos por conta desta polarização, uma situação muito preocupante por estarmos a perder vidas humanas, de que Moçambique tanto precisa para desenvolver e continuar a afirmar-se no concerto das nações. Aos hospitalizados e aos que estão em recuperação nos seus aposentos, desejo rápidas melhoras”, lê-se no comunicado.

Refira-se que o boletim diário da plataforma eleitoral Decide informou hoje que pelo menos 134 pessoas morreram desde segunda-feira, elevando para 261 o total de óbitos desde 21 de outubro e 573 pessoas foram baleadas, além de mais de quatro mil detidas e muita destruição de propiedades privadas e públicas.

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