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Enviado dos EUA pede progresso nas negociações de paz e ajuda na Etiópia


Deslocados de guerra
Deslocados de guerra

O novo enviado dos EUA para o Corno de África pediu, neste sábado (30), progresso nas negociações de paz na Etiópia e a entrega de ajuda sem restrições nas áreas atingidas pelo conflito.

Mike Hammer, que chegou a Adis Abeba, na sexta-feira, conversou com o vice-primeiro-ministro etíope e ministro das Relações Exteriores, Demeke Mekonnen, informou a embaixada dos EUA.

Eles discutiram a "necessidade de progresso contínuo para garantir a entrega irrestrita de assistência humanitária, responsabilidade pelos direitos humanos e diálogo político para acabar com o conflito e alcançar uma paz duradoura", disse a embaixada no Twitter.

O governo do primeiro-ministro Abiy Ahmed e a rival Frente de Libertação Popular Tigray (TPLF) levantaram a perspectiva de negociações de paz para encerrar o conflito brutal, que eclodiu em novembro de 2020.

Obstáculos

Mas surgiram grandes obstáculos, principalmente sobre quem deve mediar qualquer negociação.

Abiy quer que a União Africana, sediada em Adis Abeba, seja mediadora de quaisquer negociações, enquanto o TPLF insiste que as mesmas sejam lideradas pelo vizinho Quénia.

O conselheiro de segurança nacional de Abiy, Redwan Hussein, disse no Twitter, nesta semana, que o governo está pronto para conversar "a qualquer hora em qualquer lugar" e que as negociações devem começar "sem pré-condições".

Enquanto isso, a TV Tigrai ligada ao TPLF citou o líder dos rebeldes, Debretsion Gebremichael, alertando que os serviços básicos teriam que ser restaurados em Tigray antes que as negociações pudessem começar.

Os combates diminuíram no norte da Etiópia, desde que uma trégua humanitária foi declarada no final de Março, permitindo a retomada de comboios de ajuda desesperadamente necessários.

Milhares de pessoas foram mortas na guerra e a ONU diz que mais de 13 milhões de pessoas precisam de ajuda alimentar em Tigray e nas regiões vizinhas de Afar e Amhara, com altos níveis de insegurança alimentar e desnutrição.

A própria Tigray carece de alimentos, combustível e serviços essenciais, como electricidade, comunicações e serviços bancários, com centenas de milhares vivendo em condições precárias, por causa do que as Nações Unidas descreveram como um bloqueio de facto.

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