A entrada do conhecido activista Padre Casemiro Congo para o Governo provincial de Cabinda tem provocado as mais diferentes reacções de vários sectores.
Uns consisderam que o Padre Congo “vendeu-se” ao Executivo, outros não acreditam que ele esse tenham vergado ante o poder.
Alexandre Kuanga Nsitu, coordenador da Associação Cultural e de Desenvolvimento e dos Direitos Humanos de Cabinda, acredita que o Executivo de Eugénio Laborinho pretende preparar o caminho para as autarquias, sabendo da popularidade que o padre Congo tem na província ao mesmo tempo que pretende enfraquecer a luta dos seus seguidores e silenciar os demais.
Kuanga Nsitu adverte que Padre Congo não representa os activistas nem o povo de Cabinda, mas é apenas mais um.
"A luta continua, a luta pelos direitos dos cabindas não termina no padre Congo, a luta é um direito dos cabindas há mais defensores como a nossa associacao e continuamos a lutra pelos direitos humanos e pela auto-determinaçao com ou sem padre Congo", sublinha Nsitu.
Outro activista, Simão Lwemba, diz que o Padre Congo como individualidade tem o direito de entrar ou não no Governo mas que tal não aquece nem arrefece a luta pelos direitos dos cabindas.
"O convite que lhe foi formulado não afecta a sociedade civil de Cabinda, ele é uma individualidade livre de aceitar ou não como muitos já abandonaram a luta, mas muitos também estamos a continuar a lutar", afirma Lwemba.
Por seu lado, Alex Fernandes, da Associação Muenji Luzolo de Cabinda, pensa diferente e diz não acreditar que Padre Congo se venda.
"Foi também o Padre Congo que começou por defender a entrada das pessoas nos partidos aqui em Cabinda e muitos o criticaram, hoje consideram normal, também em relação à sua entrada no Executivo, aproveitando esta abertura do Governo, ele vai saber aproveitar e no fim as pessoas acabarão lhe dar razão".
Por agora, o Padre Casemiro Congo prefere não se pronunciar publicamente a sua entrada no Executivo de Cabinda.