Enfermeiros angolanas acusam as autoridades de os tratar de forma diferente em relação aos médicos, no final de um encontro em Malanje.
A acusação foi feita pelo bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola, Paulo Luvualo, à margem do IV encontro nacional da classe.
“No ano passado e princípio deste houve uma colocação massiva de cerca de 1000 médicos, o médico chega na unidade sanitária encontra casa, cama, tem um carro para o apoiar”, denuncia Luvalo, reitrando que “são essas coisas que fazem com que os profissionais se sintam desmotivados e alguns estão a abandonar a enfermagem para fazer o curso de medicina”.
O bastonário pede às autoridades que mudem essa forma de tratar os quadros, , particularmente os da saúde.
“Esta política deve ser revista porque se ao não acontecer, todos fazemos a enfermagem como curso de transição”, sublinhou.
Por seu lado, o director nacional interino dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde, Óscar Isalino, acalentou os enfermeiros angolanos com a revisão das carreiras profissionais, entre médicos, enfermeiros, especialistas em diagnósticos e terapêuticos e de apoio hospitalar.
“A ideia é adequa-las à nossa realidade e serem carreiras que inclusivas a todos os profissionais e permitam o desenvolvimento das profissões”, garantiu.