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Endiama garante ter cumprido acordo com antigos trabalhadores da empresa


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Como a VOA tem noticiado, o processo de indemnização de cerca de cinco antigos trabalhadores da empresa pública de diamantes de Angola Endiama tem levantado muita polémica, nomeadamente entre antigos e atuais dirigentes da Comissão Sindical, pertencente ao Sindicato das Indústrias Petroquímicas e Metalúrgicas de Angola (SIPQMA).

Agora, o diretor de Recursos Humanos da Endiama, Leao Chiminhi, vem a público esclarecer o assunto na perspetiva da empresa.

Ele garante que cerca de 14 milhões de dólares foram entregues, como forma de indemnização, em setembro de 2005, aos ex-trabalhadores do projeto diamantífero RST, do qual 51 por cento pertencia à Endiama, e 49 por cento a um cidadão estrangeiro.

Leão Chiminhi garante que mais de 1.200 ex-trabalhadores já foram inseridos no sistema de pagamento de pensões da Caixa de Segurança Social, faltando apenas alguns, uma vez que, vários outros trabalhadores haviam rejeitado entregar os seus documentos devido ao que diz ser “agitação” de Ventura Camutu, apontado como antigo líder da comissão sindical.

“Justamente entre a comissão de trabalhadores e a Endiama foi rubricado um acordo extra-judicial que, por parte dos trabalhadores, teve a assinatura do senhor Ventura Camutu, o qual estabelecia que cumprida esta obrigação a Endiama ficava insenta de qualquer responsabilidade, e a Endiama fez a sua parte”, lembra.

Aquele gestor de recursos humanos da empresa pública esclarece que aos trabalhadores também foi dado um conjunto de regalias, além de 2.900 dólares e assistência medica.

A mesma acrescenta que Ventura Camutu foi depois acusado de se ter açambarcado os montantes destinados aos trabalhadores, tendo então sido afastado e eleita uma nova comissão de trabalhadores.

“Volvido algum tempo, é no seio dos trabalhadores que surge o conflito porque o senhor Ventura tinha se mancomunado com alguém para locupuletar as verbas dos trabalhadores e um dos advogados também foi acusado desta prática”, conclui Leão Chiminhi.

Em resposta, Ventura Camutu nega a acusação e diz ter sido injustamente acusado de receber até casas da parte dos responsáveis da Endiama.

“Esse diretor dos Recursos Humanos está fora do trabalho, existe o acordo, a Endiama apenas deu um bono de 2.900 dólares, não houve problema entre os trabalhadores, a própria empresa é que criou problemas”, explica Camutu, denunciando que a empresa passou a usar os trabalhadores para dizer que lhe deram dinheiro e que corrompeu um juiz.

“A Endiama não me ofereceu nada”, garante.

O Sindicato das Indústrias Petro-Químicas e Metalúrgicas de Angola (Sipeqma) em conjunto com a direcção da empresa diamantífera e a comissão dos ex-trabalhadores da respectiva empresa, terão sido testemunhas do pagamento das indeminizações.

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