Park Won-soon, presidente camarário de Seul, a capital da Coreia do Sul, crítico feroz da desigualdade económica e potencial candidato à presidência em 2022, foi encontrado morto no início da sexta-feira (na Coreia do Sul). Ele tinha 64 anos.
A polícia disse que o corpo de Park foi encontrado após uma busca de mais de sete horas envolvendo centenas de policias, bombeiros, drones e cães.
Não havia sinais de homicídio, mas a polícia não forneceu mais detalhes sobre a causa da morte.
A filha dele reportou o seu desaparecimento na quinta-feira à tarde. Não ficou claro imediatamente o que causou o desaparecimento e a morte de Park.
Quando perguntado sobre as notícias da mídia local de que um de seus secretários tinha apresentado acusações contra ele por suposto assédio sexual, a polícia confirmou que fora apresentada uma queixa contra Park na quarta-feira, mas não especificou o tipo de acusação.
Park, um advogado liberal de direitos humanos que já liderou dois dos grupos cívicos mais influentes da Coreia do Sul, fora eleito presidente camarário de Seul em 2011, como candidato independente apoiado por liberais da oposição. Em 2018 tornara-se no primeiro edil da cidade eleito para um terceiro mandato.
Era considerado um potencial candidato à presidência nas próximas eleições em 2022. Park manteve seu ativismo principalmente como edil, lamentando o crescente fosso no país entre ricos e pobres, desigualdade de género e laços corruptos entre grandes empresas e políticos.
Apesar de se posicionar como defensor dos pobres e impotentes, Park fora criticado por avançar com projetos de reconstrução agressivos que arrasaram antigos distritos comerciais e habitacionais e expulsaram inquilinos que não podiam pagar o aumento nas rendas.
Nos últimos meses, Park Won-soon liderou uma campanha ativa contra o coronavírus, que se espalhava pela cidade, fechando milhares de casas noturnas e emitindo uma ordem administrativa proibindo comícios nas principais ruas do centro da cidade.