A classe empresarial angolana continua preocupada com a falta de financiamentos para relançar a economia do pais.
O Governo enfrenta obstáculos de vária ordem para apoiar o empresariado nacional e cumprir as promessas feitas sobre a tão falada diversificação da economia.
A burocracia no acesso aos programas de apoio à classe empresarial e a situação de incerteza, que afecta a banca comercial, são os principais obstáculos, aos quais se junta a falta de um ambiente de negócios favorável para atrair o investimemto estrangeiro.
Informações postas a circular nesta semana pela imprensa portuguesa revelam que o Estado angolano está a demorar mais tempo do que se esperava para pagar os cerca de 500 milhões de euros em dívida às construtoras daquele país.
Esta situação está a preocupar a missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Angola e o próprio Governo de João Lourenço já admitiu que está a ser difícil pagar as dívidas.
Quando pediu assistência financeira internacional, de cerca de três mil milhões de dólares, o Executivo de Luanda comprometeu-se a não aumentar o passivo externo, a regularizar as dívidas e a fazer reformas profundas, até através da introdução de novas formas de contratação.
O Governo e o FMI assumiram, no ano passado, a pretensão de limitar o rácio da dívida pública de Angola face ao Produto Interno Bruto ao valor actual de 90%.
Perdões elevados, problemas de certificação e efeitos cambiais penalizadores deixam empresas fragilizadas e preocupadas, uma situação que já contagiou o próprio FMI.
Perante este ambiente, as empresas nacionais continuam sem capacidade para gerar renda e promover a redução do desemprego e a pobreza que afeta, quase metade da população angolana.
Este é o tema da edição deste sábado, 29, da Janela de Angola, com as opiniões dos empresários Carlos Cunha e Leonel Fonseca, do economista Precioso Domingos e do ministro da Economia e Planeamento, Sérgio dos Santos.
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