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Empresário angolano São Vicente condenado a nove anos de prisão


Julgamento de Carlos São Vicente (de vermelho), empresário angolano acusado de corrupção. Tribunal de Luanda, 11 de Fevereiro 2022
Julgamento de Carlos São Vicente (de vermelho), empresário angolano acusado de corrupção. Tribunal de Luanda, 11 de Fevereiro 2022

O empresário angolano Carlos São Vicente foi condenado nesta quinta-feira, 24, a nove anos de prisão efectiva pelos crimes de peculato, fraude fiscal e branqueamento de capitais e ao pagamento de uma indemnização de 500 milhões de dólares.

O julgamento decorria no Tribunal da Comarca de Luanda.

O anúncio foi feito pela defesa que adiantou ir analisar a decisão para um eventual recurso.

O empresário, casado com Irene Neto, filha do primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, ainda perdeu todos os seus bens a favor do Estado angolano.

Carlos São Vicente está preso preventivamente desde Setembro de 2020 e respondeu por vários crimes, entre os quais fraude fiscal, envolvendo valores superiores a mil milhões de euros, peculato e branqueamento de capitais.

As suas empresas tinham o monopólio dos seguros da Sonangol estando também em causa o modo como ele terá adquirido o controlo da companhia seguradora AAA.

A acusação alega que o réu terá levado a cabo "um esquema de apropriação ilegal de participações sociais" da seguradora e de "rendimento e lucros produzidos pelo sistema" de seguros e resseguros no sector petrolífero em Angola.

Cerca de 900 milhões de dólares foram congelados inicialmente em várias contas bancárias na Suíças mas posteriormente as autoridades suíças libertaram grande parte desses fundos.

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