Os empresários da província da Huíla dizem-se afectados pela crise que se abate sobre o país devido à baixa do preço do petróleo no mercado internacional.
A execução de vários projectos encontra várias barreiras numa altura em que ainda é grande a escassez de divisas no mercado, o que torna difícil a transacção comercial e a obtenção de créditos junto da banca.
O presidente da Associação Agro-pecuária e Comercial da Huíla, Paulo Gaspar, aponta como exemplo o programa Angola Investe que visa o potenciamento da classe empresarial que encontra dificuldades.
“Os empresários e investidores que beneficiaram do crédito do Angola Investe e que por algum motivo não estão a operar ainda por dificuldades ou financeiras por causa das transferências bancárias para o exterior ou porque no projecto inicial os empresários não previram um fundo de maneio para manter a actividade, estão com algumas dificuldade e bancos indexarem o valor inicial em dólar”, denuncia.
O ministro da Economia, Abraão Gourgel, reconhece as dificuldades dos empresários na implementação do programa Angola Investe devido à actual conjunta difícil do país.
O governante entende que é um problema ultrapassável desde que haja mais diálogo entre os empresários e a banca.
“Esse tipo de questões são ultrapassáveis ou com a restruturação do crédito o que passa por um diálogo entre os empresários e os bancos com a intermediação se necessário do próprio Ministério da Economia e do próprio Inapem ou encontrando outras formas imaginativas que dêem solução aos problemas que enfrentamos”, defendeu Gourgel.
O minsitro disse que apesar das dificuldades, o Angola Investe que contempla um financiamento equivalente a 5 milhões de dólares e já permitiu a abertura de empresas de raiz que estão a produzir, empregar pessoas e sustentar famílias.