Um grupo de empresárias moçambicanas está de visita à África do Sul para procurar parcerias de negócios nas áreas de construção civil, agricultura e energias renováveis.
Segundo Artemisa Franco, chefe da delegação, há muitas mulheres que todos os dias vêm fazer compras de diversos produtos na África do Sul para venderem em Moçambique, sem parcerias, nem protecção, por causa do excesso de burocracia e corrupção que têm manchado o nome de Moçambique na fotografia internacional.
A representante da organização Women in Market Place, da Zambia, defende que as mulheres principantes no negócio devem ter mentoras e promoção de suas marcas no mercado.
Nellie Kangwa reconhece que o processo de afirmação no mercado não e fácil para mulheres.
"Uma mulher pode ter bom produto, mas para ser apreciado às vezes é sexualmente assediada e oferece o corpo para ter contrato aprovado", disse Nellie à VOA.
Moçambique ocupa a 133a. posição no Índice Mundial de Competitividade de 2015-2016, divulgado pelo Fórum Económico Mundial, com o desenvolvimento de negócios travado por dificuldades de financiamento, burocracia e corrupção.
Letícia Klemens, da Confederação das Associações Económicas de Moçambique(CTA), considera que os factores arrolados pelo Forum Economico Mundial agravam o custo de vida em Moçambique e a dependência em relação a África do Sul.
Dos 140 países avaliados, Moçambique está no lugar 135 nos equipamentos básicos, 132.º nos potenciadores de eficiência e 108.º nos factores de inovação e sofisticação.
O Índice – que avalia 12 pilares (da educação aos mercados financeiros) – é liderado pela Suíça, seguida de Singapura e dos Estados Unidos.