Os empresários na província angolana do Kwanza Sul queixam-se de estar a ser prejudicados com os atrasos nos pagamentos em obras feitas ao Estado e pela falta de transparência nos concursos públicos.
Estima-se que apenas cinco por cento dos empresários locais tiveram empreitadas adjudicadas e o empreiteiro Joaquim Miranda diz que muitas vezes não são pagos.
“Às vezes solicitam os serviços e nós prestamos e quando surge a altura do pagamento a dívida vai desenrolando de ano a ano, após ano e até hoje não conseguimos resolver o problema”, denunciou Miranda.
Mas a questão que mais preocupa os empreiteiros é a alegada falta de transparência na adjudicação das obras.
António Machado disse que, de acordo com a lei, “todas as obras ou prestação de serviços com valor superior a cinco milhões de kwanzas devem ser submetidas a concurso público, mas isso não acontece”.
Por seu lado, o governador da província Job Castelo Capapinha instou os parceiros e fornecedores a concertarem ideias, mas acrescentou que o Governo constata também que os empreiteiros nem sempre cumprem o prometido.
“As vezes quando olhamos para o que solicitamos e nem sempre corresponde à qualidade e quantidade do que pagamos”, concluiu Capapinha.