O embaixador dos Estados Unidos da América em Moçambique considerou a cultura e a música como um veículo importante para que a voz do povo seja ouvida, sobretudo em anos eleitorais, na cerimónia que assinalou o 248o. aniversário da independência do país.
No evento, que comemorou também a liberdade das pessoas escravizadas em 19 de Junho de 1865, a ministra das Pescas reiterou o compromisso do Governo de Moçambique nos processos democráticos, lembrando a realização de eleições gerais a 9 de outubro.
Com o tema deste ano centrado na música e movimento,Peter Vroomen considerou a cultura e a música em particular como um veículo importante para que a voz do povo seja ouvida, sobretudo em anos eleitorais como em 2024, em que mais de 80 países, entre eles Moçambique e Estados Unidos, vão a votos.
“Hoje, estamos a celebrar estas vozes que consolaram e inspiraram as massas. Os governos nem sempre podem ouvir a voz do povo, mas quando o fazem, todos nós nos tornamos melhores. Temos de ouvir as vozes de músicos da América como Nina Simone, Mavis Staples e Kendrick Lamar, assim como músicos de Moçambique: Moisés Manjate do grupo Djambo, Azagaia, Ivete Marlene Mafundza e Simba Sitoi", disse o diplomata americano que também lembrou ser importante "ouvir os jornalistas que nos responsabilizam a todos".
Da mesma forma, deve-se ouvir "a escritores como Paulina Chiziane e Amanda Gorman, as vozes dos eleitores que, através das urnas, determinam o rumo do seu país”, concluiu Peter Vroomen.
Em representação do Governo moçambicano, a ministra das Pescas, reiterou o compromisso do Executivo no aprofundamento da democracia.
“Desde 1994, Moçambique tem realizado regularmente eleições gerais multipartidárias, estando neste momento em preparação as eleições presidenciais, legislativas e das Assembleias Províncias, agendadas para 9 de Outubro próximo", lembrou Lídia Cardoso.
Ela acrescentou que "gostaria de reiterar o compromisso do Governo de Moçambique no aprofundamento da democracia, na consolidação da paz, no respeito pelos direitos humanos e na promoção do desenvolvimento económico e social sustentável e inclusivo”.
Músicos citados pelo embaixador Vroomen como portadores da voz do povo moçambicano marcaram presença nesta celebração.
O rapper Simba Sitói disse que usa a sua arte para exprimir o sentimento de milhares de pessoas.
“Há uma particularidade em termos de abordagem nas músicas, o artista tende sempre abordar tudo aquilo que é o dia a dia de um cidadão moçambicano”, sustentou Simba.
Por seu turno, o saxofonista Moreira Chonguiça enalteceu a abertura do país para que músicos possam vincar os direitos cívicos e humanos dos moçambicanos.
“Nos Estados Unidos não se fala de cólera, aqui se está a falar de cólera, o mesmo em relação a malária, de pontes que foram destruídas pelos desastres naturais, da corrupção extrema e de várias coisas, pelo que devo dizer que existe esse espaço cívico, depois há que lembrar que é algo que não se pode parar, visto que temos uma população jovem, que são imediatistas, são reivindicativos, querem respostas e acções imediatas, pelo que é uma situação irreversível”, afirmou Chonguiça.
A Banda Grand Mah foi a convidada para abrilhantar as celebrações dos 248 anos de independência dos EUA.
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