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Em Moçambique, profissional da saúde gostaria de receber incentivos financeiros para continuar estudando e se especializando


Espaço do Ouvinte
Espaço do Ouvinte

Gosta de notícias sobre política e ouve a VOA desde 1996.

Manuel Ervilha, 26 anos, é solteiro e mora em Tete. Tem uma filha de 6 anos. É técnico em medicina geral e trabalha para o Ministério da Saúde. Fazer triagem, consultas pré natais e ensinar cuidados básicos de saúde são algumas das responsabilidades de Ervilha no trabalho.

Ervilha quis abordar nesta conversa a situação do emprego e a situação salarial na área da saúde em Moçambique.

O técnico em medicinal geral reclamou da burocracia na selecção dos funcionários e sobre o salário baixo. “O salário nem é compatível com o nível de serviço que a pessoa desempenha,” comenta Ervilha.

Ele conta que não recebe hora extra e tem que estar disponível para trabalhar a qualquer hora do dia. “É cansativo e com o que eu recebo não aproveito praticamente nada”, explica Ervilha.

O técnico em medicina geral queria continuar com os estudos mas não recebe nenhum incentivo do trabalho para que continue se aperfeiçoando na sua profissão.

Segundo Ervilha, o salário base de um técnico em medicina geral é de 6 a 7 mil meticais. Com acréscimo do subsídio de turno e risco o salário chega a ficar por volta de 9 mil a 10 mil meticais.

Para ele, o salário base ideal seria de 10 mil meticais mais os bónus. Com essa quantia, o técnico em medicina geral explica que conseguiria resolver os problemas.

O ouvinte lembra que recentemente teve que trocar de casa porque o aluguel simplesmente estava muito alto. Chegava a gastar quase todo o salário com a sua moradia.

Sobre os desafios que enfrenta diariamente no trabalho, Ervilha comentou sobre a falta de medicamentos e equipamentos. “Falta luvas, seringas, termómetros”, conta.

Oiça a conversa.
Entrevista com Manuel Ervilha
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