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Eleições Autárquicas: Verónica Macamo recorre à Convencão de Viena para afastar críticas de diplomatas


Eleitor vota em Nampula nas eleições autárquicas de 11 de outubro, Moçambique.
Eleitor vota em Nampula nas eleições autárquicas de 11 de outubro, Moçambique.

A ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação pediu a diplomatas acreditados em Maputo que respeitem o princípio da não ingerência em assuntos internos, no caso as eleições autárquicas de 11 de outubro.

Macamo reuniu-se, nesta quarta-feira, 22, com diplomatas, depois de algumas missões terem feito apelos no sentido de haver justiça no resultado das “autárquicas”, largamente contestados pela Renamo, MDM e organizações da sociedade civil.

Eleições Autárquicas: Verónica Macamo recorre à Convencão de Viena para afastar críticas de diplomatas
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Os resultados oficiais indicam que a Frelimo, no poder central, venceu em 64 das 65 autarquias, enquanto MDM venceu na Beira.

A Renamo, que governa em cidades estratégicas como Quelimane e Nampula, não obteve qualquer vitória.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, José Matsinhe, disse que no encontro, “em respeito à Convenção de Viena”, a ministra “apelou aos amigos da comunidade internacional que confiem em instituições moçambicanas e nos moçambicanos para resolverem os seus diferendos”.

Espera-se que o Conselho Constitucional (CC) faça a promulgação dos resultados das sextas eleições autárquicas, em finais deste mês.

“A ministra expressou a convicção e o desejo do Governo de Moçambique para que o habitual período de expectativas do veredicto final decorra num ambiente de paz, pleno de serenidade, civismo e responsabilidade”, disse Matsinhe.

Ele acrescentou: “A senhora ministra Macamo disse que temos fé que este processo, como os anteriores vai terminar bem, pois os moçambicanos sabem o que querem, querem a paz e do desenvolvimento do país”.

Editais

O encontro com diplomatas aconteceu no mesmo dia em que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou ter entregue ao CC os editais originais.

“Este material todo já foi entregue aos Conselho Constitucional cabendo a este utilizar para aquilo que julgar conveniente”, disse o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica.

No entanto, Fernando Mazanga, vice-presidente da CNE, em representação da Renamo, acusa o órgão eleitoral de ter enviado editais falsos.

“Há reclamações expressas por parte dos componentes das comissões provinciais de eleições, que dizem que não foram tidos e nem achados na junção dos documentos que vieram para aqui”, denunciou Mazanga.

Face a isso, acrescentou, “o Conselho Constitucional estará a ser alimentado por editais que não correspondem à verdade, uma vez que foram produzidos unilateralmente por uma parte que compõe a Comissão Nacional de Eleições”.

“Não temos e nem vimos essas actas viciadas, aquilo que foi solicitado pelo Conselho Constitucional foi entregue, caberá a este órgão analisar e verificar a autenticidade desses documentos”, respondeu Cuinica.

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