Os eleitores das Comores foram às urnas no domingo, 12, para eleger o parlamento de 33 lugares, um ano após a reeleição do Presidente Azali Assoumani numa votação que a oposição alegou ter sido marcada por irregularidades generalizadas e, apelos de boicote por parte da oposição.
Os responsáveis do partido no poder negam as alegações de falta de transparência. As assembleias de voto abriram cedo no domingo e os eleitores, cerca de 338.000 segundo o organismo de votação, começaram a votar às 8h00.
As Comores tiveram eleições parlamentares pela última vez em janeiro de 2020. Cerca de 100 candidatos foram selecionados pelo Supremo Tribunal do país para disputar as eleições.
Os opositores de Assoumani acusam-no de excessos autoritários e suspeitam que ele queira preparar o seu filho mais velho, Nour El-Fath, para o substituir quando o seu mandato terminar em 2029.
Assoumani governa as Comores desde 1999, ano em que chegou ao poder através de um golpe de Estado. Desde então, ganhou três eleições. No ano passado, Assoumani concedeu novos poderes ao seu filho, colocando-o na coordenação de todos os assuntos governamentais.
Alguns partidos da oposição, como o Juwa, liderado pelo antigo Presidente Ahmed Abdallah Sambi, condenado a prisão perpétua em 2022, apelaram ao boicote das eleições, embora outros tenham rejeitado esse apelo.
“O regime de Azali está enfraquecido (...) ao participar nestas eleições estamos a contribuir para expor ainda mais as falhas do seu sistema e acelerar a sua inevitável queda”, disse à Reuters Hamidou Karihila, que concorre às eleições pelo partido da oposição Esperança das Comores.
O encerramento das urnas estava previsto para as 16 horas e os resultados são esperados para 17 de janeiro.
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