Dez mesas de voto dos distritos de Macomia, Mocimboa da Praia e Medumbe, na província de Cabo Delgado, não irão abrir devido à problemas de segurança derivados da insurgência.
Tal irá afectar, pelo menos 5.400 eleitores, conforme dados fornecidos pelo presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Abdul Carimo.
Esta informação confirma os receios colocados por muitos sobre a eventualidade de os ataques de insurgentes inviabilizarem a votação. A CNE inicialmente deu garantias de votação em toda a província.
Logística assegurada
Entretanto, as autoridades eleitorais de Cabo Delgado disseram à VOA, em Pemba, que nas restantes mesas a votação irá decorrer conforme o projectado.
"As condições logísticas para o escoamento e colocação do material e membros de assembleias de voto e homens de segurança" estão asseguradas, disse Cassamo Camal, director provincial do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).
Camal disse que o STAE fará tudo para "garantir a divulgação de resultados com a maior rapidez possível para que o publico eleitor fique satisfeito" e seja reduzido "o foco de conflito e desconfiança".
A província havia projectado 1860 mesas para mais de um milhão e cem mil eleitores.
As eleições gerais moçambicanas têm lugar, nesta terça-feira, dia 15.
Aposta na educação
Mais de 12,9 milhões de eleitores irão escolher o presidente da república, governadores de províncias, deputados à assembleia nacional e assembleias provinciais.
A presidente concorrem Filipe Nyusi, da Frelimo; Ossufo Momade, da Renamo; Daviz Simango, do MDM; e Mario Albino, do Amusi.
Os analistas dizem que educação deve ser a prioridade do próximo governo.
A campanha eleitoral, que terminou no último fim-de-semana, foi considerada como uma das mais violentas do país.