O presidente do Egipto, Abdel-Fattah el-Sissi, foi eleito presidente da União Africana, na 32ª Cimeira da organização continental, na capital da Etiópia, Adis Abeba, que inciou hoje, 10.
Mas a organização Amnistia Internacional alerta que a presidência de el-Sissi pode prejudicar os mecanismos de direitos humanos da União Africana.
A organização de direitos humanos argumenta que o Egipto, desde 2015, orquestrou um ataque político contínuo contra a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, órgão que visa monitorar o cumprimento de direitos nos países africanos.
A eleição de El-Sissi pôs fim à presidência de um ano do líder do Ruanda, Paul Kagame.
Os presidentes da União Africana definem agendas de questões a serem abordadas durante seu mandato de um ano.
Refugiados na agenda
"Rumo à soluções duradouras em deslocações forçadas em África" é o lema que a organização adoptou para a cimeira deste ano, alinhado ao facto África dedicar 2019 aos refugiados, retornados e deslocados internos.
Até segunda-feira, 11, os líderes africanos irão abordar a criação de um departamento de saúde, assuntos humanitários e desenvolvimento social para tratar as questões dos refugiados e deslocados, retirando-as do actual departamento de assuntos políticos.
Entre outros tópicos, os líderes e representantes de 55 estados membros irão debater a concretização da Zona de Comércio Livre, Mercado Único de Transportes Aéreos, Livre circulação de pessoas e Passaporte Africano.