O sistema do educação deve ser melhorado e o estado precisa garantir a qualificação técnica dos jovens para estes terem um futuro em Angola e o pais poder avançar.
Esta é a opinião de vário jovens entrevistados por ocasião do dia da juventude celebrado no passado dia 14 de Abril.
A propósito algumas vozes se levantam para questionar a ineficácia das políticas juvenis alinhadas pelo Executivo para proporcionar aos jovens oportunidades de uma vida digna.
Depois do pleito eleitoral de 23 de Agosto de 2017 muitos esperavam uma maior atitude do governo central em relação aos planos desenhados para camada juvenil.
O actual Presidente da República, João Lourenço, auscultou as preocupações das organizações juvenis em Abril de de 2017, enquanto candidato do MPLA às eleições gerais que tiveram lugar a 23 de Agosto.
Lourenço teria garantido que a criação e o fomento do emprego para os jovens recém-formados estavam no topo da agenda política e do programa de governação do MPLA para os próximos anos.
Mas para o activista cívico Ganga Luango a juventude está sem oportunidade para se formar, para emprego e para ter uma vida digna.
“Continuamos a nos deparar com estrangeiros a ocuparem cargos que deveríamos ser nós os jovens a ocupar”, aflorou.
Para o escritor, jornalista e palestrante motivacional Fernando Guelengue, a vontade política é determinante para os avanços dos planos traçados para juventude do país que precisa de uma maior atenção do Estado.
O jornalista assegura que “o governo deve incentivar os jovens a pesquisar e publicar livros e deve promover bolsas de pesquisa”.
O país não pode apenas imitar dos outros Estados as torres, os prédios, precisamos imitar os bons modelos de formação. O Estado precisa canalizar recursos para promoção de bolsas de estudos para juventude sem politização, disse
O também escritor entende que as bolsas de estudo em Angola são politizadas.
“Noutras realidades elas (as bolsas de estudo) permitem não apenas ir para o exterior do país, mas fazer pesquisas internas”, desabafa o autor do livro Pobreza: O epicentro da exploração de menores em Angola.
Angola não conseguirá marcar passos seguros rumo o desenvolvimento se não apostar nas políticas juvenis que abarcam a produção científica. Manuel Marques, responsável da Editora de Livros Visionários defende uma aposta séria na pesquisa e na produção científica nacional.
O activista Ganga Luango fala por outro lado de falta de laboratórios nas universidades como sendo um erro intencional dos gestores públicos, por isso aponta “a desqualificação do ensino em angola” como sendo um grande desafio para o Estado.
Os centros de formação Técnica-profissional do Estado não oferecem qualidade suficiente para qualificação técnica da juventude, disse.
A melhoria do sistema de ensino é imperioso, na opinião de Manuel Marques, escritor e responsável da editora Visionários que reconhece que a situação ultrapassa as competências e as capacidades só da juventude sem a intervenção do Estado.
O Estado precisa criar políticas para fazer crescer a qualificação técnica dos jovens para além de fomentar empréstimos bancários para fazer surgir novos empreendedores, disse.
Para Fernando Guelengue o Executivo angolano deve criar a semelhanças de outras paragens pelo mundo, “vales de silícios” no país, de modos a incentivar o surgimento de empreendedores por sectores e regiões, contribuindo assim para redução do desemprego.
“O nosso governo tem uma juventude com capacidade de criar e inovar, mas simplesmente está ligado e afectado pela corrupção e, portanto não consegue aproveitar as valências dos jovens do país”, afirmou
O jornalista e escritor remete para responsabilidade do governo o alto índice de desemprego em Angola que afecta em grande medid