O edil da cidade de Nampula Paulo Vahanle é acusado pelo Instituto para a Comunicação Social da África Austral (MISA) e Sindicato Nacional de Jornalista (SNJ) de ter humilhado a Jornalista Elisa Fernando e o operador de Câmera Jose Arlindo da Televisão de Moçambique (TVM).
Na semana passada, denuncia o MISA, ordenou a retirada da jornalista Elisa Fernando e do operador de câmera José Arlindo numa cerimónia de entrega de ambulâncias pela edilidade.
O órgão de defesa de jornalistas cita Vahanle afirmando que “eu não hei-de falar à Televisão de Moçambique, pode sair”, sendo sua justificação que aquele canal público não mostrou a sua imagem durante a celebração do Id ul-fitr, deste ano, marcando o fim do mês sagrado dos muçulmanos.
“Para lograr seus intentos, impedir a equipa da TVM de cobrir o evento, Paulo Vahanle instigou os populares presentes no local a vaiar os jornalistas visados. Diante deste cenário, os dois repórteres optaram por abandonar o local do evento,” lê-se num comunicado do Misa Moçambique.
No mesmo evento, diz o MISA, o director do Gabinete de comunicação do Conselho autárquico confiscou o telemóvel de um jornalista do jornal elétrico Wamphafax, por alegadamente estar a gravar aspectos preparatórios da entrevista que seria concedida por Vahanle.
O presidente do MISA em Nampula, Aunício da Silva, disse que além de ser uma grosseria violação dos direitos dos jornalistas e liberdade de imprensa , Vahanle mostrou um pouco de falta de civismo.
“Nós como o Misa, condenamos veementemente esta atitude do presidente , e esperamos que não volte a acontecer,” disse.
A acusação do MISA e SNJ é refutada por Nelson Carvalho, director do gabinete de comunicação e imagem de Vahanle, edil, que do partido Renamo.
“O presidente terá se insurgido com os jornalistas da TVM, porque quis ter explicação do por quê da não publicação do seu discurso na cerimônia de ocasião do Ide e quis saber por quê é que houve falta de imparcialidade por parte dos jornalistas da TVM. O edil achou estranho o facto de os jornalistas terem publicado o discurso de outros intervenientes e não dele,” disse Carvalho.
Carvalho negou também ter confiscado o telemóvel do jornalista do Wamphafax.
Na sequência, o secretariado provincial do SNJ diz que submeteu ao Conselho Municipal da cidade de Nampula um documento condenando o comportamento do edil, mas este não se pronunciou sobre o assunto.
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