Economistas angolanos saudaram a decisão do presidente João Lourenço de reduzir os poderes da Sonangol que passa a ser limitada à exploração de petróleo.
Com efeito o Presidente João Lourenço transferiu os poderes da Sonangol para a Agência Nacional de Petróleo e Gás, através de um de um decreto que determina a criação de umaa Comissão Instaladora, para o efeito, que é coordenada pelo actual director Nacional de Petróleos Amadeu Piquete Correia de Azevedo, coadjuvado por seis quadros seniores do sector.
O Despacho presidencial, publicado no Diário da República, justifica a medida com a necessidade de “reajustamento da organização do sector petrolífero nacional de modo a assegurar uma maior coordenação política e eliminação de conflitos de interesse”.
A medida presidencial é ainda justificada com a necessidade do aumento da “transparência e eficácia bem como a criação de condições para o investimento interno e externo” .
O despacho determina que a comissão instaladora deverá negociar com a Sonangol um acordo para a prestação temporária de serviço de suporte e estudar as modalidades para a migração dos colaboradores para a nova a nova instituição.
O economista José Severino considera que a medida vai permitir que a Sonangol se ocupe apenas da função produtiva procurando maior eficiência e aumento da produção.
Para o economista , José Matuta Cuato, com esta decisão a Sonangol vai deixar de ser reguladora e concessionária ao mesmo tempo algo que segundo disse constituía concorrência desleal.
Por seu turno, o economista Faustino Mumbica considera que as práticas de gestão a serem implementadas pela nova entidade é que vão permitir avaliar se valeu a pena o desmembramento da Sonangol.