Economista antevê que 2019 será um ano bastante difícil para os moçambicanos, na sequência do acordo alcançado entre o governo e os detentores da dívida pública, porque esse acordo volta a colocar pressão sobre as Contas Públicas.
O acordo foi anunciado pelo Ministério da Economia e Finanças, em comunicado emitido esta terça-feira, referindo que os pagamentos serão retomados em 2019, entregando 5% das receitas fiscais do gás natural a partir de 2033.
O economista e docente universitário Constantino Marrengula diz que 2019, apesar de ser um ano eleitoral, vai ser difícil para os moçambicanos.
Refere que depois do despoletar da questão da dívida pública, houve uma inflação que em termos práticos corroeu o valor real da despesa pública.
Ele diz que do ponto de vista de alocação, o governo manteve a tendência de elencar a despesa pública nas áreas prioritárias, com um poder de compra bastante mais baixo, pelo que esta decisão vem adicionar a pressão sobre todos os recursos públicos, porque não é de acreditar que haja uma "explosão" da receita entre 2018 e 2019.