A construção de um porto de águas profundas em Cabinda com financiamento do Fundo Soberano de Angola (FSDEA) e da China “deve “deve causar alguma controvérsia" devido às ligações entre o presidente do FSDEA, José Filomeno Santos e o responsável do Porto do Caio, responsável pelo projecto, Jean-Claude Bastos de Morais.
A advertência é dos especialistas da Economist Intelligence Unit (EIU) e baseia-se no facto de Basto de Morais ser um amigo de longa data e parceiro empresarial do presidente da FSDEA, José Filomeno dos Santos".
Para os peritos da revista, Bastos de Morais "é também o fundador e presidente da Quantum Global, uma firma de investimentos que gere os fundos em nome da FSDEA",
Em nova enviada aos investidores, a EIU escreve que “Cabinda está actualmente muito dependente dos bens que chegam de Pointe Noire, no vizinho Congo, que são depois transportados por estrada para Cabinda, ou trazidos de avião de Luanda, o que tem mantido os preços altos, e as erráticas redes de oferta dificultaram o desenvolvimento do setor privado".
A acreditar no comunicado da FSDEA, a revista fiz que a melhoria da infraestrutura vai “ajudar a diversificar a economia, afastando-a da dependência do petróleo" e dará um “ importante impulso à província, onde o desenvolvimento económico atrasou-se face ao resto do país".
A construção do porto de águas profundas está orçada em 1,1 mil milhões de dólares, sendo por agora conhecido o financiamento de 180 milhões de dólares por parte da FSDEA e 600 milhões da China.
A infra-estrutura, segundo o FSDEA, vai gerar 20 mil postos de trabalho além de potenciar o desenvolvimento da província de Cabinda.