O Governo de Cabo Verde, devido ao vírus do ébola que tem afectado alguns países africanos, decidiu suspender a entrada no país de pessoas provenientes da Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria, países que se debatem com surtos daquela doença.
Para além da questão do ponto de vista da saúde pública, o ébola começa a provocar problemas no domínio económico, porquanto alguns países africanos com vocação turística já começam a sentir as consequências, tendo em conta a suspensão de voos de algumas campainhas aéreas, situação que leva à redução do fluxo turístico.
O turismo é a principal fonte de receitas de Cabo Verde, contribuindo com cerca de 25 por cento para o Produto Interno Bruto.
Para o empresário hoteleiro Patone Lobo, o perigo é real, mas de momento não tem notado nenhum receio dos turistas em visitar o país, "aliás todas as previsões apontam para o aumento de voos".
Já o presidente da Câmara do Turismo Gualberto do Rosário diz que apesar do arquipélago estar inserido na África Ocidental, tem a particularidade da sua fronteira ser marítima, situação que lhe dá alguma protecção no que se refere a contágios, desde que forem tomadas as devidas medidas preventivas.
Segundo Gualberto do Rosário, os riscos de Cabo Verde "são idênticos aos dos países emissores dos turistas, cujas autoridades têm adoptado medidas e planos de prevenção contra o vírus ébola".