O congresso do PAIGC que terminou ontem pode ter marcado o início de um novo capítulo na vida do partido que mais tempo tem governado a Guiné-Bissau.
Analistas questionam agora se as guerras intestinas ficaram para trás ou não.
Domingos Simões Pereira foi reeleito por um mandato de quatro anos e prometeu ganhar as próximas eleições.
O jornalista, Assana Sambu, editor-chefe do semanário independente “O Democrata”, diz que o congresso trouxe algo diferente na dinâmica e coesão interna do partido:
“Deixa transparecer a ideia de que o PAIGC saiu mais coeso e com maior dinâmica com uma direção capaz de respeitar aquilo que vem sendo o slogan do partido, que é a disciplina interna”, afirma Sambu, para quem o congresso parece ter fechado a porta ao grupo dos 15 dissidentes.
“O que resta ao grupo é tentar uma iniciativa de diálogo junto da nova direção e estudar a possibilidade de voltar ao partido, cumprindo as sanções e abrindo a possibilidade e ajudar o partido a preparar para novos embates eleitorais”, sublinhou Sambu.
Por seu lado, Diamantino Lopes, jornalista e professor universitário, apresenta um cenário para actual direcção do PAIGC, com um novo primeiro-ministro que vai querer o seu apoio.
“O seu percurso pode jogar um papel determinante, mas coloca-se numa situação complexa de análises quanto à sua decisão, alerta Lopes.
Refira-se que neste momento o novo primeiro-ministro, Artur Silva, desdobra-se contacto para a formação do novo Governo.