A suspensão da greve de fome do activista angolano Luaty Beirão levanta muitas perguntas, no momento em que o caso teve uma enorme repercussão internacional, com o relator especial das Nações Unidas para a Situação dos Defensores dos Direitos Humanos das Nações a pedir a libertação dos activistas.
Questiona-se se o caso terá um epílogo como julgamento em Novembro ou se haverá consequências a nível interno.
O professor e cientista político Nélson Pestana Bonavena acredita que a luta dos activistas vai continuar, noutros moldes, porque “alguma coisa no país terá de mudar”.
Bonavena aconselha as famílias dos activistas, por exemplo, a “continuarem a exigir os direitos dos seus parentes”.
Entretanto, Joao Pinto, quarto vice-presidente da bancada parlamentar do MPLA, entende que nada vai mudar e acusa Luaty e companheiros de serem instrumentalizados pelos partidos políticos da oposição.
Pinto vai mais longe e acusa Luaty de apenas chantagear o poder executivo e judicial: “O senhor Luaty apenas queria fazer chantagem, mas a imagem do governo angolano não depende dele”.