Dois moçambicanos indiciados por suborno e corrupção por um tribunal de Nova Iorque poderão ser presos caso se ausentem do país.
Com efeito a prisão do ex-ministro das finanças, Manuel Chang, indica claramente que as autoridades judiciais americanas emitiram um mandado de captura internacional contra todos os acusados. Isso significa que os dois moçambicanos cujos nomes estão rasurados no documento detalhando as acusações estão certamente incluídos nessa lista e serão presos para onde quer que se desloquem.
Chang foi preso na África do Sul e terá uma audiência na Terça-feira, 8 de janeiro, num tribunal sul-africano que vai decidir sobre o pedido de extradição.
Três outros acusados de diversas nacionalidades foram presos em Londres e um quarto em Nova Iorque.
Embora se desconheça a identidade dos moçambicanos procurados pela justiça americana a acusação indica que ambos receberam pagamentos de milhões de dólares.
Os dois terão recebido em conjunto 45 milhões de dólaresem cinco pagamentos diferentes. Devido ao facto dos nomes se encontrarem rasurados quando os pagamentos são detalhados é impossível saber-se a quantia específica que cada um terá recebido.
Por outro lado continua também rodeada de mistério a identidade de três outros moçambicanos que embora não tenham sido indiciados receberam também milhões de dólares de subornos.
O “co-conspirador 1” é identificado como sendo “um indivíduo ... que esteve envolvido na obtenção da aprovação do Governo do projecto Proindicus”; o “co- conspirador 2” é “um familiar de um funcionário sénior de Moçambique”; e o “co-conspirador 3” era “um funcionário sénior do Ministério das Finanças de Moçambique e um director da Ematum”.
Na altura, o presidente do Conselho de Administração da Ematum era António Carlos de Rosário, mas não está claro se ele é o co-conspirador 3.