Analistas continuam a manifestar dúvidas quanto à capacidade do Presidente João Lourenço levar a cabo sua promessa de lançar um combate à corrupção
Na região do planalto central, Huambo, o analista politico, João Mucongo considerou isso como pouco provável.
Para o politólogo esta questão estará condicionada ao afastamento de boa parte dos correligionários do MPLA, o que pode ser difícil dada a perspectiva de um governo de continuidade.
‘Ele prometeu e não será um trabalho fácil”, disse afirmando que para tal “terá de começar no seio dos seus correligionários, as quais terá que exigir disciplina’.
Por Norberto Sateco
Uma das questões fundamentais, apontadas por Mucongo, em relação à boa gestão da coisa pública e combate a impunidade, passará por introduzir uma reforma profunda no sistema de justiça.
Para a ele a lei da probidade existe, mas um dos grandes problemas consiste no cumprimento da mesma.
“(As leis) estão ali formalmente”, disse.
“Tem de se fazer cumprir as normas para que todos se revejam nela”, referiu o analista político.
O protecionismo político devera ser desencorajado ao nível da gestão da coisa pública, incentivando a cultura da transparência, boa governação, bem como, a meritocracia.
“Vai ter que se exigir das instituições mais caracter, menos liberalismo”, disse.
“Agora tem que haver coerência, fiscalização rigorosa dos actos dos gestores públicos para que se consiga combater a corrupção no país’”, sublinhou.