O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano Paul Ryan, admitiu nesta quinta-feira, 5, não estar pronto para apoiar Donald Trump como candidato do partido à corrida pela Casa Branca.
"Não estou pronto para fazer isso ainda", afirmou Ryan, em entrevista à CNN e disse esperar ser capaz de apoiar Trump no futuro, desde que o milionário consiga unificar o partido.
A declaração de Ryan soma-se às declarações dos ex-presidentes George H. W. Bush (pai) e George W. Bush (filho), que descartaram apoiar Trump na corrida presidencial dos Estados Unidos, de acordo com o jornal "The Texas Tribune".
Em resposta a Paul Ryan, o mais que provável candidato conservador disse: "Eu não estou pronto para apoiar a agenda do presidente Ryan. Talvez no futuro nós possamos trabalhar juntos e cheguemos a um acordo sobre o que é melhor para o povo norte-americano".
Trump ataca Clinton
Entretanto, Donald Trump já virou as suas baterias contra a adversária democrata Hillary Clinton, à medida que tenta persuadir membros descontentes no partido para apoiar a sua campanha.
Num comício em Virgínia Ocidental na noite de quinta-feira, o empresário criticou Hillary pela quantidade de dinheiro que ela e o seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, aceitaram da Fundação Clinton, o que ele chamou de "negociata".
O casal Clinton repudiou as acusações de que a instituição de caridade tem motivação política.
Trump também a ligou a algumas das decisões do seu marido na Casa Branca nos anos 1990, como o acordo comercial do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), que incentivou o comércio entre Estados Unidos, México e Canadá.
Trump prometeu renegociar os pactos comerciais se for eleito no dia 8 de Novembro.
"Temos que vencer a eleição. Não podemos aguentar mais Hillary Clinton. O Nafta nos foi dado por um Clinton", afirmou o republicano que concluiu:. "Não podemos aguentar mais os Clinton".
A convenção do Partido Republicano que elege o seu candidato à eleição presidencial acontece em Julho.