O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quarta-feira, 13, um "acalmar de ânimos" depis de novos anúncios e apelos dos seus apoiantes para protestos por ocasião da posse do Presidente eleito Joe Biden na quarta-feira, 20.
"À luz dos relatos de mais manifestações, peço que não deve haver violência, não deve haver violação da lei e não deve haver vandalismo de qualquer tipo", disse Trump em comunicado.
"Não é isso que eu defendo e não é o que os Estados Unidos representam", acrescentou Trump, quem ainda apelou "a todos os americanos a ajudar a aliviar as tensões e acalmar os ânimos".
O apelo do Presidente surge precisamente uma semana depois dos seus apoiantes terem invadido o Capitólio no momento em que o Congresso certificava a vitória de Joe Biden na eleição de 3 de novembro.
Cinco pessoas morreram e o Congresso teve de suspender a sessão, enquanto o vice-presidente Mike Pence e os legisladores eram levados para lugares seguros.
Desde então, o FBI abriu 160 processos e mais de uma centena de pessoas foram detidas pela sua participação no que o Presidente eleito e os democratas consideraram uma insurreição.
Impugnação em curso
E por isso, os democratas apresentaram nesta quarta-feira um pedido de impugnação contra o Presidente Trump por incitar à insurreição, cuja votação já começou.
Embora os democratas possam ter votos para aprovar a impugnação na Câmara dos Representantes, o que fará de Trump o primeiro Presidente a ser impugnado duas vezes, o Senado não vai analisar o projecto antes da posse do novo Presidente.
A confirmação foi feita hoje pelo líder do Senado Mitch McConnell.
Entretanto, observadores dizem ser praticamente improvável que o projecto seja aprovado no Senado em virtude dos republicanos controlarem a câmara.