"Se é possível produzir um cartão eleitoral fiável porque não conceder também bilhete de identidade ao cidadão?"
A questão é do arcebispo metropolitano do Lubango, D. Gabriel Mbilingui, que reclama a falta de documentos de identificação como o bilhete de identidade para cidadãos naquela cidade.
Na capital da Huíla, diz o arcebispo, o facto de haver pessoas que podem fazer o registo eleitoral sem terem bilhete de identidade, abre a possibilidade de estrangeiros obterem o cartão de eleitor e votar ilegalmente.
D. Mibilingui dá o exemplo da localidade do Toco, onde a igreja católica tem uma escola, mas o povo está desprovido de qualquer documento que lhes identifica como angolanos.
Para D. Gabriel Mbilingui o primeiro dever do estado é saber quantos cidadãos tem, quem é quem no território Nacional. O arcebispo metropolitano do Lubango vai mais longe e diz que a emissão de cartões eleitorais, sem bilhete de identidade, apenas com base no testemunho pode facilitar que cidadãos não angolanos também possam votar.
O prelado Católico aconselha as entidades estatais a não trocar o cartão de eleitor pelo bilhete identidade. D. Gabriel Mbilingui disse que a maioria esmagadora do povo angolano não tem bilhete de identidade, embora "o país tenha condições técnicas e financeiras para conceder registo civil e emissão do bilhete de identidade a todos angolanos.