Dois efetivos da Polícia Nacional (PN) na Huíla foram detidos pelo Serviço de Investigação Criminal, (SIC) por alegado envolvimento no desvio de 24 motorizadas.
As motorizadas, duas das quais chegaram mesmo a ser vendidas pelos acusados, faziam parte de um leque de mais de cinco centenas selecionadas do parque de estacionamento da Unidade Operativa da polícia do Lubango para irem a leilão.
Os acusados são um inspector-chefe e um terceiro sub-chefe.
O comandante provincial da Huíla da PN, comissário Divaldo Martins, adiantou estar em aberto o respectivo processo–crime para outras averiguações.
Sobre o alegado envolvimento de outras patentes no crime, Martins prefere esperar pelo desfecho do processo já entregue ao Ministério Público.
“Tudo resto só a investigação que está em curso vai determinar”, afirma o comandante.
As motorizadas selecionadas que seriam vendidas em hasta pública não foram reclamadas pelos pretensos proprietários.
A detenção dos dois efetivos foi vivamente saudada pelos moto-taxistas no Lubango, que reclamam ser em muitas ocasiões vítimas da atuaçao da corporação.
“É feio o que eles estão a fazer e deviam ser mesmo punidos porque isto não está bom”, afirma um moto-taxista, enquanto outro acrescenta que “fizeram bem prender esses homens e nós como motoqueiros estamos satisfeitos e quero que a polícia trabalhe mais”.
“Gostei o trabalho do SIC porque ali na viação e no trânsito há muitos gatunos que sempre desviam motos e por cima do teu trabalho do teu artigo és batido”, denuncia outro.
Para prevenir atos do género no futuro a PN na Huíla diz estar a trabalhar numa estratégia para aprimorar os mecanismos de controlo de entrada e saída de meios rolantes apreendidos.