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Huíla: Doenças mentais aumentam com a pandemia do coronavírus


Muitos dos casos envolvem jovens com problemas de alcoolismo e consumo de drogas

Mais de quatro mil casos de doenças de fórum mental com realce para os de transtornos e esquizofrenia deram entrada no Hospital Psiquiátrico do Lubango, na província angolana da Huíla, entre Jjaneiro e setembro do corrente ano.

Pandemia faz aumentar cass de doenças mentais - 1:43
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Muitos dos casos envolvem jovens com problemas de alcoolismo e consumo de drogas.

Transtornos por consumo de álcool e outras drogas e transtornos de humor fizeram a maior parte das ocorrências com os jovens a concentrarem grande parte dos casos.

Os números são preocupantes porque aumentaram grandemente no contexto das restrições e crise financeira e económica da pandemia do corona virus.

Para o psicólogo, Isaac Calenga, os efeitos colaterais da pandemia na vida social que causou desemprego e frustrou as aspirações de muitos jovens, não podem estar dissociados destes números.

“As expectativas em relação ao futuro as questões da auto-estima o conceito das pessoas sofreu próprio equilíbrio emocional sofreu drasticamente alterações precisamente por causas das consequências que esta pandemia trouxe”, disse aquele psicólogo.

O sociólogo Laurindo Bringo fala de números alarmantes de casos de distúrbios mentais que devem servir para que as autoridades revejam as políticas públicas com vista atender os problemas da juventude.

Aquele especialista alerta, entretanto, para o papel das famílias neste contexto.

“É preciso evitar que se criem ambientes estranhos de modos a que o facto dos jovens terem perdido o emprego não caiam em situações das drogas”, advertiu, lembrando que “o nosso conselho é que todos, em especial a juventude, possam tomar coerente e a mais resiliente possível diante desta situação que todos nós entendemos e está a assolar o mundo”.

Para o director em exercício do Hospital Psiquiátrico, Hidesbal Albino, os números que aumentaram em contexto da pandemia da covid-19, são preocupantes e levantam algumas dúvidas.

“Não será que estamos a pôr um ponto de interrogação a juventude de amanhã?”, interrogou-se.

Com 80 doentes internados, o estabelecimento tem 51 pacientes em situação de abandono pelos familiares.

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