A falta de divisas em Angola tem levado os bancos comerciais a aplicarem restrições e , em alguns casos, suspender o levantamento de dólares nos balções.
As autoridades justificam essa escassez de divisas com a crise económica e financeira mas especialistas dizem que não.
As reservas em moeda estrangeira em Angola são necessárias para garantir importações nacionais de matéria-prima, alimentos, tratamento médico no estrangeiro e envio de dinheiro aos estudantes no exterior.
Há um ano e meio, a crise financeira, justificada com a queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional, tem limitado todas essas transacções e, também, a vida dos angolanos.
O economista José Matuta Coato diz que a descida do dólar regista-se apenas no mercado informal, e que o Banco Nacional de Angola mantém as suas taxas cambias.
Para ele, a descido do dólar no mercado informal não terá qualquer influência na vida dos cidadãos nem mesmo na crise que o país vive “porque no mercado formal a taxas do BNA continuam na mesma”.
Por seu lado, o também economista e consultor Fernando Heitor considera que a descida do dólar no mercado informal pouco ou nada poderá influenciar a crise no país uma vez que o informal é mercado dos especuladores.
Heitor diz que os operadores económicos não devem “deixar-se enganar devido à descida do dólar no mercado informal”.
Recorde-se que o governador do BNA José Pedro de Morais anunciou em Janeiro que a instituição está a promover a "racionalização" de divisas aos bancos comerciais, mas assegurou que os recursos disponíveis para 2016 "são suficientes".