Economistas dizem que a insustentabilidade da dívida pública está a tornar as condições de vida dos moçambicanos mais difíceis e lamentam que o Governo de Moçambique tenha ignorado todos os alertas para a gravidade da situação do progressivo endividamento.
Esta semana, o Banco Mundial alertou que o peso da dívida pública continua a ser insustentável e considera que o ajustamento orçamental é limitado.
A questão da insustentabilidade da dívida moçambicana era um assunto que vários analistas vinham colocando há alguns anos, sobretudo a tendência deste endividamento.
"E o Governo ignorou todas as nossas advertências", disse o economista Lucas Sitoi.
Na perspectiva do economista António Francisco, este endividamento progressivo, acaba sendo inevitável, na medida em que a aposta do crescimento económico tem sido na poupança externa.
Aquele economista explicou que o grande problema é que, muitas vezes, a poupança externa acaba sendo usada mais para o consumo e em projectos não produtivos do que em projectos que geram valor acrescentado.
E o ministro moçambicano da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, reconhece que foram as dívidas das empresas, Ematum, ProIndicus e Mam, contraídas em 2013-2014, que fizeram disparar a dívida moçambicana.