A diversificação da ecomomia angolana é apenas um chavão político, sem consequências práticas e há um longo caminho por percorrer até chegar a tal desiderato,
A opinião é de economistas angolanos ouvidos pela VOA para quem os pressupostos e condições para que o processo de diversificação da economia nacional seja um facto não existem.
Para eles, o conceito de diversificação da economia está a ser banalizado e é um assunto que está aperder o seu verdadeiro interesse.
Galvão Branco, especialista em macroeconómica,entende que falta em Angola inúmeras condições estruturantes, sem as quais a diversificação da economia angolana vai ficar apenas no papel.
Próximos ao Executivo, defende uma maior dotação do Orçamento Geral do Estado (OGE), para o sector da educação e investigação cientifica.
“Ainda não temos um bom ambiente de negócios, temos ainda várias situações que atrapalham e desmotivam os investidores, questões como a transparência, a inclusão dos processos deve melhorar, falta de infraestruturas como energia eléctrica, a mobilidade, portanto constituem uma série de reformas estruturantes para que a diversificação da economia seja um facto", defendeu Branco.
O Centro de Investigação Cientifica da Universidade Católica(CEIC) retirou no seu relatório económico deste ano que não aconteceu nada de vulto sobre a diversificação da economia.
“Este ano tivemos que retirar o capitulo sobre a diversificação da economia porque entendemos que nada de relevante aconteceu”, justificou Alves da Rocha, coordenador do CEIC.
Outro economista Faustino Mumbica acredita que existe apenas no papel dizeres sobre diversificação mas a pratica mesmo é nula.
“É apenas um chavão politico, um slogan, na prática alguns projectos são apenas placas de sinalização porque em termos de verbas para a diversificação da economia este ano e mesmo o OGE do ano passado é um desastre, e a prática mostra que não existe nada de significativo”, concluiu Mumbica.