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Diretora dos Serviços Secretos dos EUA demite-se na sequência do atentado contra Trump


Kimberly Cheatle, diretora dos Serviços Secretos dos EUA depõe na Câmara dos Representantes, Washington, 22 julgo 2024
Kimberly Cheatle, diretora dos Serviços Secretos dos EUA depõe na Câmara dos Representantes, Washington, 22 julgo 2024

Joe Biden agradece Kimbery Cheatle pela carreira nos Serviços Secretos e pela forma altruísta como arriscou a vida para proteger a nação

A diretora dos Serviços Secretos dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, ,demitiu-se nesta terça-feira, 23, um dia depois de admitir que a tentativa de assassinato do ex-Presidente Donald Trump foi o "fracasso operacional mais significativo" da agência em décadas.

“Assumo total responsabilidade pela falha de segurança”, disse ela num e-mail aos funcionários, a que a Associated Press, em que acrescentou que “à luz dos acontecimentos recentes, foi com pesar que tomei a difícil decisão de deixar o cargo de seu diretora".

“O escrutínio durante a última semana foi intenso e continuará a sê-lo à medida que o nosso ritmo operacional aumenta”, conclui Cheatle.

É pouco provável que a saída de Cheatle ponha fim às investigações e críticas àquela agência federal, encarregue da proteção das autoridades do país.

Os Serviços Secretos têm sido, há muito questionados, pressão que aumentou após a tentativa de assassinado de Trump a de 13 de Julho, e nas vésperas da Convenção Nacional Democrata e de uma movimentada época de campanha presidencial.

Tanto o Congresso como o próprio Presidente Joe Biden anunciaram a abertura de investigações ao trabalho da agências.

A demissão de Cheatle acontece um dia depois dela ter comparecido ante uma comissão do Congresso e ter sido criticada durante horas por democratas e republicanos pelas falhas de segurança.

Ela classificou o atentado contra a vida de Trump como o “fracasso operacional mais significativo” dos Serviços Secretos em décadas e disse que assumiu total responsabilidade pelas falhas de segurança, mas irritou os legisladores ao não responder a perguntas específicas sobre a investigação.

Na audiência de segunda-feira, Cheatle manteve-se desafiadora de ser a “pessoa certa” para liderar os Serviços Secretos, embora tenha dito que assumiu a responsabilidade pelas falhas de segurança.

Quando a representante republicana Nancy Mace sugeriu que Cheatle começasse a redigir a sua carta de demissão na sala de audiências, ela respondeu: “Não, obrigado”.

O que fez horas depois.

Biden agradece

O Presidente Joe Biden disse estar "grato" a Kimberly Cheatle e prometeu nomear o novo director dos Serviços Secretos em breve.

"Jill e eu estamos gratos à diretora Kimberly Cheatle pelas suas décadas de serviço público. Ao longo da sua carreira nos Serviços Secretos dos Estados Unido, dedicou-se de forma altruísta e arriscou a vida para proteger a nossa nação. Agradecemos-lhe especialmente por ter respondido à chamada para liderar os Serviços Secretos durante a nossa Administração e estamos gratos pelo seu serviço à nossa família", afirmou Biden, em comunicado.

Na mesma nota, ele frisou que "como líder, é preciso honra, coragem e uma integridade incrível para assumir toda a responsabilidade por uma organização encarregada de um dos trabalhos mais difíceis do serviço público".

O Presidente desejou "as maiores felicidades" a Kimberly Cheatle e adiantou que tenciona "nomear em breve" um novo responsável da agência federal.

Na nota, Biden não esqueceu o ataque a Donald Trump, que levou a este desfecho para Cheatle e disse que "a análise independente para apurar o que aconteceu a 13 de julho continua".

"Aguardo com expetativa a avaliação das suas conclusões. Todos sabemos que o que aconteceu nesse dia não pode voltar a acontecer", concluiu o Presidente americano.

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