A grave situação do sistema de saúde angolano vai estar em discussão quando a directora da Organização Mundial de Saúde (OMS) Margaret Chan, se avistar esta semana em Luanda com o Presidente Eduardo dos Santos e outros membros do seu governo.
Chan iniciou Domingo uma visita de cinco dias a Angola para se inteirar das medidas tomadas pelo governo para combater a epidemia de febre-amarela e malária que abalou os hospitais angolanos deixando-os sem capacidade de resposta
Tem havido denúncias de falta de medicamentos e material hospitalar. A situação agravou-se de tal modo que morgues na capital não conseguiam acolher todas as vitimas. Vídeos nas redes de corpos a serem lavados ao relento pelos seus familiares chocaram a opinião púbica angolana.
A responsável, que nesta visita de cinco dias é acompanhada pela diretora regional para África da OMS, Matshidiso Moeti.
A visita é feita a convite das autoridades angolanas
Margaret Chan vai visitar hospitais da capital e terá também reuniões com representantes de outras organizações internacionais de cooperação com Angola.
Oficialmente a epidemia de febre-amarela que assola Angola vitimou mortalmente 218 pessoas entre Dezembro, quando foi detectado o primeiro caso em Luanda, e o final de Março.
As autoridades angolanas dizem ter já vacinado contra a febre amarela 89% d a população de Luanda,, a zona mais afectada pela epidemia.
O ministro da saúde, Luís Gomes Sambo, anunciou uma dotação excecional para contratar, cerca de 2.000 médicos e paramédicos.