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Direção da ADI, em São Tomé e Príncipe, demite-se frente a "situação anómala"


Comício da ADI, São Tomé e Príncipe (Foto de Arquivo)
Comício da ADI, São Tomé e Príncipe (Foto de Arquivo)

A direção do principal partido da oposição em São Tomé e Príncipe, Ação Democrática Independente (ADI), demitiu-se frente a uma situação que classificou como sendo “anómala de conflito de liderança”.

“Tal situação, em nada abonatória para a imagem e os propósitos do partido, levou a que desde dezembro do ano passado, os dirigentes e elementos integrantes de ambas as direções, constituídas em comissões, tivessem iniciado conversações e intensa reflexão, no sentido de encontrarem uma saída que melhor respondesse aos interesses superiores do ADI”, lê-se no comunicado divulgado nesta sexta-feira, 10, e assinado pelo presidente Agostinho Fernandes e a vice-presidente Ekneide Santos.

Na nota, frente à “profunda crise” do partido que, segundo a mesma, “é propensa a perpetuar o status quo’reinante de indefinição de liderança do partido”, a direção afirma devolver “à comissão política os poderes estatutários para, se assim entender, prosseguir com a missão de preparação e realização, logo que seja oportuno, de um novo congresso eletivo”.

Aqueles líderes acrescentam que esta situação está “fragilizando cada vez mais a imagem política do ADI, não permitindo ao partido exprimir-se convenientemente no campo político”.

A direcção liderada por Santos foi eleita a 25 de maio de 2019, mas quatro meses depois um congresso alternativo realizado a 28 de setembro elegeu como presidente da ADI Patrice Trovoada, antigo primeiro-ministro e que deixou o país em outubro de 2018, logo após as eleições legislativas.

É a partir dessa data que Albertino Fernandes afirma ter começado a crise no partido.

O Tribunal Constitucional foi chamado a intervir, tendo considerado legal a direcção de Agostinho Fernandes.

Aguarda-se agora o posicionamento dos demais órgãos do partido.

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