O antigo Secretário Geral do MPLA e general na reserva, Julião Mateus Paulo “Dino Matross” intentou nesta segunda-feira uma acção criminal contra o advogado que o acusou de o ameaçar de morte e de estar envolvido na criação de uma sentença falsa.
O caso está relacionado com um litígio sobre o um terreno no bairro Lar Patriota envolvendo o condomínio Harmonia Lar Patriota e a Associação de Camponeses Ana Ndengue.
Belo Mangueira, advogado de “Dino Matross” disse ter sido entregue uma queixa crime contra o advogado daquela associação Sebastião Assureira que na semana passada disse estar a ser alvo de ameaças de morte.
Assureira disse ainda na mesma ocasião que “Dino Matross” esteve envolvido na criação de uma sentença falsa de um tribunal onde trabalha a sua própria filha.
“Se há ameaças de morte terá que o provar, se uma filha do general trabalha no tribunal terá que o provar”, disse Belo Mangueira para quem a “Associação de Camponeses” está envolvida na invasão de terrenos e a comercializar terrenos que não lhes pertencem.
“Além de calúnias, os senhores da Ana Ndengue vendem terrenos que não lhes pertence” disse.
Belo Mangueira diz que o processo vem desde 2000 e, naquela época, já tinham sido feitas as indemnizações devidas, por isso, o seu constituinte não mais vai ceder às chantagens de grupos de invasores: “Não podemos ceder a chantagens e vamos continuar a lutar no processo no fórum judicial”.
O advogado do Condomínio Harmonia do Lar Patriota, afirma que até mesmo os camponeses indemnizados nunca foram os donos das terras, porque em 1977, o Estado já tinha confiscado a zona da mão de uma empresa de nome Gomes.
“As indemnizações foram feitas apenas para que haja harmonia, tal como diz o próprio Condomínio Harmonia do Lar Patriota”.