Milhões de brasileiros saíram às ruas neste domingo, 13, em todos os Estados e na capital Brasília para protestarem contra o Governo e pedir a impugnação da Presidente Dilma e a prisão de Lula da Silva.
A Polícia Militar admitiu ter havido 3,5 milhões de manifestantes, enquanto os organizadores falam em 6,6 milhões.
Os números são superiores aos das manifestações de Março de 2015 quando a Polícia Federal apontou 2,4 milhões de pessoas, contra 3 milhões apontados pelos organizadores.
As manifestações foram pacíficas, com poucos incidentes isolados em algumas cidades.
Grande parte dos manifestantes trajava verde e amarelo e levava cartazes contra a corrupção, o Governo federal e o PT.
Além de Dilma e Lula, outro nome muito citado com nota muito positiva nas manifestações foi o do juiz Sérgio Moro, que tem em mãos a operação "Lava Jato".
Os partidos de oposição consideram as manifestações como fundamentais para a aprovação da impugnação no Congresso.
Eles acreditam que sem um forte apoio popular, a oposição não terá votos suficientes para conseguir afastar a Presidente.
O líder da oposição e presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves afirmou em vídeo publicado no Facebook que o dia 13 de Março "pode ser o domingo que mudou o Brasil".
Ele afirmou que participará dos protestos, mas não especificou onde.
"Para isso (mudar o Brasil), é fundamental que você, eu, que todos nós estejamos na rua dizendo 'chega', 'chega desse governo', e vamos construir uma nova história para o Brasil. Eu vou estar lá. Espero que você esteja também", concluiu o senador.
Por seu lado, dirigentes do partido no poder, PT, dizem estar "tranquilos" com as manifestações e afirmam que o tamanho dos actos "não surpreende".
Da mesma forma, consideram que os protestos não são determinantes para definir o apoio ao Governo.
"É preciso esperar. Vamos ver como o nosso lado se manifesta. Não podemos avaliar o cenário político apenas com base nas manifestações da oposição", disse o líder do PT no Senado, Paulo Rocha.
O partido no Governo e aliados tinham marcado para hoje manifestações de apoio a Dilma Roussef e Lula da Silva mas decidiram adiá-las para o próximo domingo.
A Presidência da República divulgou uma nota à noite em que destaca que a "liberdade de manifestação é própria das democracias e por todos deve ser respeitada".
"O carácter pacífico das manifestações ocorridas neste domingo demonstra a maturidade de um país que sabe conviver com opiniões divergentes e sabe garantir o respeito às suas leis e às instituições", acrescentou a Presidência da República.