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Afonso Dhlakama denuncia cerco militar a Gorongosa


Afonso Dhlakama
Afonso Dhlakama

Líder da Renamo garante que seu partido vai participar amanhã na reunião para preparar a retomada do diálogo em Moçambique.

O líder da Renamo denunciou nesta terça, 24, o cerco militar à sua base na Gorongosa, em Sofala, e assegurou que a situação não vai impedir o encontro da delegação da Renamo com o Governo, marcado para esta quarta-feira, 25.

Afonso Dhlakama revelou que 10 blindados e duas carinhas lotados com homens das forças de defesa moçambicana posicionaram-se em Mucodza supostamente para uma ofensiva militar à base do movimento na Gorongosa.

Ele questionou a seriedade da retomada no diálogo.

"Se de facto o Presidente Nyusi está interessado no diálogo como tem estado a dizer, como é que as duas equipas vão se encontrar amanhã para começarem a discutir a agenda e ele manda um grupo para atacar aqui?", denuncia em jeito de pergunta o líder da Renamo, para quem a Frelimo não está certa".

"Segundo informação, um grupo secreto vem para atacar e destruir tudo de modo que o presidente Dhlakama não tenha tempo para dirigir as negociações ou para que o presidente Dhlakama aceite tudo porque está cercado", continua Dhlakama, revelando ainda que "alguns militares fizeram greve, abandonaram e regressaram mesmo para Maputo".

Na segunda-feira, 23, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, convocou para amanhã a primeira reunião da comissão integrada por elementos do Governo e da Renamo, com vista ao reatamento do diálogo de paz em Moçambique.

Contudo, garantiu Afonso Dhlakama, apesar da situação militar, a delegação da Renamo "vai participar na reunião, que deverá decorrer às 10 horas, e vai preparar os termos de referência para a retomada do diálogo entre as duas partes, que tem estado bloqueado há largos meses".

A Renamo anunciou na quinta-feira passado os nomes dos deputados José Manteigas, Eduardo Namburete e André Magibire para integrar a comissão, enquanto do lado do Governo estarão presentes Jacinto Veloso, membro do Conselho Nacional de Defesa e Segurança, Maria Benvinda Levi, conselheira do Presidente da República, e Alves Muteque, quadro da Presidência.

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